sábado, 24 de novembro de 2018

2° Manifesto Nacional Contra O Abate De Jumentos - SP

São Paulo 24 de novembro de 2018

    No segundo ato realizado em São Paulo em repudio ao massacre de jumentos que está acontecendo no nordeste do país, grupos de ativistas se reúnem no centro da cidade para levar a mensagem que não haverá silencio.

       
      Os panfletos distribuídos foram produzidos de forma independente, cada um imprimiu o quanto pode e levou. O evento estava marcado para acontecer no Viaduto do Chá mas por conta do vento forte e pequena garoa os manifestantes de dirigiram para a Praça do Patriarca.


O clima de São Paulo estava instável e a ameaça de chuva afastou parte dos ativistas, estima-se que cerca de 20 pessoas estiveram na manifestação. Apesar do pouco numero de participante foi suficiente para chamar a atenção dos pedestres que passavam.


Após algum tempo a manifestação seguiu pela Rua Direita em direção ao Largo São Bento.


     Entre trechos movimentados e outros desertos a mensagem foi atingindo as pessoas, a grande maioria das pessoas nem imaginavam que jumentos estava sendo usados como fonte de carne para exportação.


     Ao chegar no Largo São Bento os manifestantes fizeram uma pausa e continuar com a panfletagem.




 Depois o grupo seguiu pela Rua Boa Vista e desceu a Ladeira Porto Geral aproveitando o grande movimento de compradores que estavam na rua 25 de Março. De lá a manifestação segue para o Mercado Municipal, local onde se mistura um variedade enorme de verduras, hortaliças e temperos com grande variedade de carnes dos mais diferentes animais.
  Os manifestantes decidiram atravessar por dentro do Mercado e para evitar atritos passaram em silencio, apenas segurando cartazes. Na parte dedicada os vegetais houve apoio e indignação a respeito da crueldade com os jumentos, na parte das bancas de carnes alguns poucos tentaram alguma provocação mas sem sucesso.

Pagina do evento no facebook:
 2º Manifesto Nacional contra o Abate de Jumentos


Para participar das próximas manifestações acompanhe a pagina no facebook:
Frente nacional de defesa dos jumentos




segunda-feira, 5 de novembro de 2018

17 anos da Morte de Barry Horne


Nascido em Northampton, Inglaterra em 17 de março de 1952, Barry Horne trabalhou como agente de tratamento de resíduos, esta conexão com destinação correta de resíduos e preservação ambiental tenha sido a chave para o surgimento de um dos maiores nomes do ativismo da causa animal.

Na primavera de 1987 Barry Horne então com 35 anos participa de uma reunião da  Northampton Animal Concern (NAC) - associação de defesa dos animais - onde assiste a vários documentários expondo a crueldade do uso de animais em testes em laboratórios e indústria de peles. A partir deste dia torna-se vegetariano e dedica-se a sabotar caças.
 Ainda no ano de 87  organiza uma ação de resgate de animais do laboratório da Unilever, esta ação envolveu mais de 150 pessoas. Em seguida organiza um protesto em frente a loja de departamentos Beatties famosa por vender casacos de pele, a manifestação surtiu resultados e a loja assumiu o compromisso de banir vestimentas feitas com peles de animais.



 Barry liderou a invasão a uma fazenda de ovos administrada por freiras, sabotagens diversas em campos de caça e resgates de animais.

     Em 1988 tentou salvar Rocky, um golfinho capturado em 1971 na Flórida,  EUA e mantido durante 20 anos uma pequena piscina de concreto no resort Marineland em Lancashire, Inglaterra.
     Horne, juntamente com outros quatro militantes, planejou mover Rocky, que pesava aproximadamente 113 quilos, a partir da piscina para o mar, usando uma escada de mão, uma rede, uma maca feita em casa e um Mini Metro alugado. Durante a operação de resgate eles perceberam que a operação era mais complexa que o planejado e abortaram o resgate porém a policia já estava no local e os ativistas foram presos.

Barry Horne com os Beagles resgatados de Harlan.

No ano de 1990 juntamente com Keith Mann e Danny Attwood, Horne forma uma pequena célula da A.L.F (Animal Liberation Front - Frente de Libertação Animal). que invadiu a Harlan Interfauna – uma empresa que fornece animais e órgãos para laboratório. Os ativistas resgataram 82 cães Beagle e 26 coelhos. E também levaram documentos com os nomes dos clientes da Interfauna, entre os quais estavam a Boots (Boots Company PLC, rede de farmácias presente em todo o Reino Unido), a Glaxo (GlaxoSmithKline plc, companhia farmacêutica), a Beechams (companhia farmacêutica), o Centro de Investigação de Huntingdon (empresa dedicada a testes em animais), e uma série de universidades.
     As tatuagens dos cães foram removidas por veterinário e os animais doados para famílias por toda a Inglaterra. As pistas deixadas no laboratório acabaram por levar a policia aos ativistas que foram acusados de roubo.

     Horne junto com um grupo de manifestantes invadiram a Conferência sobre Pesquisa em Animais, realizada no Exeter College, em Oxford. Depois de lutar com a polícia para entrar no salão da conferência, eles derrubaram mesas e esmagaram 50 garrafas de vinho Claret. Horne e cinco outros foram acusados de “desordem violenta”.
     A atitude de Horne pareceu endurecer na prisão. Em junho de 1993, ele escreveu no Support Animal Rights Prisoners Newsletter

 “Os animais continuam a morrer e as torturas passam a ser maiores e a acontecer em maior escala. As pessoas reagem a esta situação? Mais hambúrgueres vegetarianos, mais Special Brew e mais apatia. Já não há nenhum Movimento de Liberação Animal. Eles morreram há muito tempo. Tudo o que restou são muito poucos ativistas que se importam, que entendem e que agem… Se você não agir, então você tolera. Se você não luta, então você não ganha. E se você não ganha, então você é responsável pela morte e pelo sofrimento, que vai aumentar e aumentar.”

Em 1994 quando saiu da prisão Horne passou a trabalhar sozinho já que a policia estava em constante monitoramento dos grupos ativistas. Sucede então uma serie de ataques incendiários a lojas de couro, lojas farmacêuticas e outras que apoiavam pesquisas usando animais. Como a grande maioria dos ativistas não apoiava ações violentas - mesmo que nenhum dos ataques realizados tenha ferido alguém - foi fácil para a policia ligar os ataques à Barry Horne. Em 1996 Barry é preso e condenado a 18 anos de prisão.
Em 6 de janeiro de 1997 Barry Horne inicia sua primeira greve de fome declarando que recusaria qualquer alimento até que o governo retirasse o apoio as experimentações em animais. Como era ano de eleição e o partido trabalhista estava em vantagem Horne pos fim a greve de fome em 09 de fevereiro quando o partido trabalhista declarou: 

"o partido trabalhista está empenhado em reduzir, e em eventualmente pôr fim, a vivisseção."

Esta atitude de Barry fez com que ativistas realizassem ações mais efetivas pela libertação animal dentre elas: a remoção de gatos da fazenda Grove Hill, em Oxfordshire, que criava gatos para laboratórios; danos ao Centro Harlan de criação de animais e remoção de cães beagle do Canil Consort; a destruição de sete caminhões da granja Buxted em Northamptonshire; um bloqueio do porto de Dover e pesados danos a um McDonalds da cidade; e a remoção de coelhos que eram criados para vivisseção na Homestead Farm. 

11 de agosto de 1997 Barry inicia a segunda greve de fome. Com o intuito de pressionar o partido trabalhista a remover todas as licenças de experimentos na inglaterra por um prazo a ser estipulado. Novamente houve um crescimento no numero de ações por todo país. Em 12 de setembro de 1997, protestos foram realizados em Londres e Southampton, no Reino Unido, em Haia, em Cleveland, Ohio (EUA), e na Universidade Umeå, na Suécia, onde ativistas tentaram atacar os laboratórios da universidade. Quatrocentas pessoas marcharam na Fazenda Shamrock, uma instalação que abrigava primatas perto de Brighton(Inglaterra), trezentas no Laboratório Wickham, uma instalação experimental, e foram feitos piquetes nos escritórios do Partido Trabalhista, bem como na casa de Jack Straw, o Secretário de Estado. Ativistas montaram acampamento em frente ao Huntingdon Life Sciences na A1, em Cambridgeshire, cavando túneis subterrâneos para dificultar seu despejo. O Newchurch Guinea Pig Farm foi invadido em setembro e 600 cobaias foram removidas. Em 26 de setembro Horne encerra sua greve de fome quando um ministro do partido trabalhista pressionou o governo a negociar com Horne e a causa animal.

     Em 6 de outubro de 1998 Horne inicia sua terceira greve de fome, a mais longa. Ele exigiu o fim da concessão de licenças que autorizavam experiências em animais, e a não renovação das licenças em curso; a proibição de toda vivisseção feita com finalidades não-médicas; um compromisso para acabar com todas as vivisseções em 6 de janeiro de 2002; um fim imediato em toda experimentação animal na instituição de defesa em Porton Down; e o fechamento do Animal Procedures Committee, um órgão consultivo do governo que Horne considerou como um “patrocínio do governo que leva a diante a indústria da vivisseção.” 

Ele emitiu uma declaração, que continua a ser citada pelo movimento como um grito mobilizador: 
A luta não é para nós, nem para os nossos desejos e necessidades pessoais. É para cada animal que tenha alguma vez sofrido e morrido nos laboratórios de vivisseção, e para cada animal que vai sofrer e morrer nesses mesmos laboratórios a menos que nós terminemos com esse negócio diabólico agora. As almas dos mortos torturados clamam por justiça, o grito da vida é pela liberdade. Nós podemos criar essa justiça e nós podemos entregar essa liberdade. Os animais não têm ninguém, apenas nós. Nós não vamos desapontá-los. 

    No décimo dia sem comer Barry foi transferido para uma "cela da greve de fome" sem banheiro ou pia, após pressão dos apoiadores foi levado de volta a uma cela normal. Após 43 dias Barry havia perdido 25% da gordura corporal e apresentava dificuldades de raciocínio e para enxergar. No dia seguinte Barry tem uma reunião com membros do governo onde nada foi conseguido. A situação estava piorando e Horne cede um pouco nas exigências.
  Após 46 dias sem comer, Horne é transferido para o hospital com desidratação severa, Keith Mann que o acompanhava passou a levar gravações de Horne para os membros do governo para seguir com as negociações. Devido a dificuldades de raciocínio de Horne ele decide tomar um pouco de suco de laranja e chá com açúcar a fim de evitar o coma e ajudar na compreensão das gravações trazidas do governo. Esta atitude seria usada pela mídia contra Horne classificando a greve de fome como uma farsa. Varias manifestações ocorreram em apoio a Horne na Inglaterra incluindo resgate de animais em fazendas.
 Uma ala mais radical conhecida como ARM (Animal Rights Militia - Milícia dos direitos dos Animais) publicou um lista com nome de 10 cientistas que seriam assassinados caso Horne morresse.

 No 63º dia de greve Horne já estava cego de um olho e surdo de um ouvido e seu fígado praticamente morto, o governo envia um fax para Mann com algumas das reivindicações que estavam dispostos a conceder, Mann afirma que se houvesse algo de substancial na oferta do governo Horne poria fim à greve de fome.
 Após 66 dias sem comer, com dores pelo corpo e alucinações, Horne já nem se lembrava o motivo da greve, assim ele é transferido de volta à prisão já que se recusava a receber tratamento médico. Dois dias depois é levado de volta ao hospital. Em 13 de dezembro de 1998 Horne volta a comer depois de algumas concessões do governo.

  Barry Horne nunca mais foi o mesmo segundo escreve Keith Mann, tentou por outras vezes fazer greve de fome mas sem apoio e uma reivindicação clara acabava por desistir. Em 5 de novembro de 2001 morre de insuficiência hepática enquanto cumpria os 18 anos de prisão a que fora condenado.

 Seu nome sempre será lembrado dentro do meio ativista, como um exemplo de dedicação e coragem.

 








 Fontes utilizadas para criação deste texto:

https://www.portalveganismo.com.br/barryhorne/ 
http://www.bluegreenearth.com/site/news/barry.html
https://veganbr.wordpress.com/2008/11/28/barry-horne/
 



domingo, 4 de novembro de 2018

Marcha pelo dia mundial do veganismo 2018

São Paulo dia 04 de novembro de 2018

Para encerrar a semana nacional anti especismo e comemorar o dia mundial do veganismo - 01 de novembro -  ativistas realizam uma manifestação na Av Paulista.


 A concentração da marcha aconteceu em frente ao MASP e caminhou pela avenida sentido Consolação e depois retornou pela pista contrária. A avenida Paulista fica fechada para carros nos domingo permitindo uma visibilidade muito grande para a causa abolicionista já que a avenida é tomada por pessoas em busca de lazer. 
Os ativistas com cartazes e faixas seguiam com palavras de ordem como:

Pela paz respeite os animais
Pela paz não coma os animais


     A marcha completa sua terceira edição em 2018 e reúne coletivos e ativistas independentes focados nos direitos dos animais, este ano além do veganismo de forma genérica cartazes lembravam dois casos recentes que é o embarque de animais vivos nos portos brasileiros e o abate de jumentos para venda das carne.

Veganismo antiespecista e também antiracista
Veganismo antiespecista e também antifascista.

 
    A luta pelos direitos dos animais passa inevitavelmente por todas as outras lutas, quem se sensibiliza pela causa animal irá se sensibilizar pelas causas humanas: Racismo, Sexismo, Homofobia entre outras pautas estão todas abraçadas pelo Abolicionismo Antiespecista que conduz ao veganismo.

Boi boi boi, boi da cara preta 
Os pecuaristas estão acabando com o planeta.

 A marcha seguiu pacífica por quase todo o trajeto, somente um vendedor de espetinhos de carne que se incomodou mas foi rapidamente repelido sob gritos de "vendedor de cadáver". A longo do caminho os megafones trazido pelos coletivos ficaram disponíveis para quem quisesse falar.



Veganismo libertação contra toda opressão.


 A marcha terminou em frente ao MASP, não há uma contabilização oficial do numero de participantes mas estima-se umas 80 pessoas, composta por coletivos como Veddas, Vozes em Luto, Nação Vegana, Direct Action Everywhere São Paulo, FAU, Anonymous for Voiceless e ativistas independentes, contou também com a presença de pessoas de outras cidades como Santos, Araraquara, Sorocaba, Mogi das cruzes, São Caetano entre outras.

 Ao termino da marcha o coletivo Vozes em Luto fez uma ação para finalizar a semana internacional antiespecista com cartazes e um texto em homenagem a Barry Horne, ativista vegano que morreu em 05 de novembro de 2001 numa greve de fome protestando contra os testes em animais.


Pagina do evento no facebook:
Marcha pelo dia mundial pelo veganismo




domingo, 14 de outubro de 2018

Manifesto nacional contra o abate de jumentos

São Paulo 14 de outubro de 2018

    A causa animal mobiliza-se contra o abate de jumentos que começou em Amargosa e continua em Itapetinga/BA.
     Jumentos antes explorados como transporte de carga, pessoas e tração de charretes, carroças e maquinário agrícola agora são executados cruelmente para a carne ser exportadas para a China.



Diversos coletivos e ativistas independente compareceram ao ato que na cidade de São Paulo ocorreu na Av. Paulista. A avenida fica fechada para carros aos domingos e é usada para lazer da população, local perfeito para divulgação das atrocidades cometidas pela indústria da carne.

     
     Segundo investigações feitas por veterinarios no abatedouro em Itapetinga/BA os jumentos estão sem alimento e agua enquanto aguardam ser encaminhado pra a fila do abate, fêmeas prenhas estão abortando por falta de condições física para manter a gestação até o fim.


    Além da carne os chineses estão usando a pele dos animais para retirar enzimas usadas na fabricação ode remédios tradicional da cultura chinesa e finalmente como insumo para fabricação de roupas e acessórios de vestuários.

      Neste dia houve manifestação de apoio aos dois candidatos que disputam o segundo turno da eleição para presidente na av. Paulista também. Como a ação dos ativistas  da causa animal não tinha relação alguma com nenhum dos lados os organizadores resolveram adiantar a passeata ao longo da avenida.

      Para fugir do clima tenso que se formava em frente ao MASP - local de concentração da manifestação - causado pelos militantes que faziam campanha pelos candidatos a manifestação pelos animais seguiu em sentido à Consolação.
     Como de costume o megafone esteve disponível para quem quisesse discursar



    Conforme caminhavam pela avenida Paulista o bloco recebia apoio de algumas pessoas e não se notou pessoas contrarias ao ato. Panfletos e DVDs foram distribuídos durante a manifestação.


  
 A manifestação seguiu pacífica e sem incidentes. Terminou em frente ao parque Trianon onde foi realizado um jogral em homenagem aos animais em geral mas focando na questão dos jumentos.
 Simultaneamente ao ato em São Paulo ouve atos nas cidades do Rio de Janeiro/RJ,  Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Fortaleza/CE, Salvador/BA, Recife/PE, Brasília/DF, Aracaju/SE, Campo Grande/MS, João Pessoa/PB, Teresina/PI, Balneário Camboriú/ SC e Curitiba/PR.


  O cenário do ativismo no Brasil está cada vez mais desfavorável, a cada eleição mais políticos conservadores vão ocupando as cadeiras do congresso e assembleias. Cada vez mais a ganância corporativa vai impondo suas vontades e as atrocidades como o abate de jumentos, símbolo da cultura nordestina, vão ocorrendo de modo a se livrar dos animais que já não são mais úteis à exploração como meio de transporte e tração. E a população contrária a isso tudo é ignorada pelas autoridades.


Clique aqui para visitar a pagina do evento no facebook.










sábado, 3 de março de 2018

Cine Veddas - Jill Phipps

São Paulo 03 de março de 2018


     A Ong Veddas realiza a exibição do documentário Jill´s Film produzido por John Curtin para homenagear a ativista Jill Phipps morta em 1995 em um protesto contra exportação de animais vivos na Inglaterra.
  
      O Cine Veddas foi um evento gratuito aberto ao público em geral não somente pessoas ligadas ao ativismo.

     Uma breve introdução ao assunto foi feita para ligar o tema do filme com o que vem acontecendo no litoral paulista com os bois enviados á Turquia. O veganismo entrou na família pelas mãos da propria de Jill Phipps quando ela era adolescente, estimulada pela mãe Jill passou a participar do movimento ativista Britânico e envolveu a família toda nisso.

       O documentário é um apanhado de fotos e vídeos registrados pela própria família de Jill e ajuda a remontar os fatos que levaram a jovem a mergulhar de cabeça na defesa dos animais.
      É inevitável falar sobre defesa dos direitos dos animais sem citar o massacre diário que ocorre em toda a cadeia produtiva baseada em produtos de origem animal. Várias cenas de abate, vivisecção e outras práticas cruéis contra animais foram incorporadas ao documentário, cenas essas que ajudaram na transformação de Jill dentro do ativismo da causa animal.
      Todos os presentes eram de alguma forma ligados à causa animal e ciente de toda a crueldade sofrida pelos animais, mesmo assim foi difícil esconder o pavor de ver tais cenas.

 Jill Phipps nascida em 1964 dedicou sua vida a parar com a exportação de animais vivos na Inglaterra morreu em 1995 atropelada na entrada do Aeroporto Conventry por um caminhão que transportava bezerros que seriam enviados para Holanda.

     Aos 31 anos Jill Phipps deixa a vida pra entrar para história, meses após sua morte a exportação de animais no aeroporto Coventry foi encerrado, não por conta do incidente mas pela falência a empresa que realizava a atividade, mesmo assim o exemplo de Jill é seguido mundialmente.

     Ao fim da exibição foi promovido um debate sobre as diferenças entre o ativismo europeu e o brasileiro, todo o movimento realizado no porto de Santos - SP tem repercutido mundialmente, entretanto somente o meio ativista está realmente de olho nos acontecimentos.
      Durante o debate questões delicadas foram abordadas como por exemplo Ong´s que tentaram cooptar a ação em Santos sendo que sequer estiveram participando de qualquer ato, tentativas de desmobilizar a ação utilizando uma carta publicada pela CODESP com um texto vago e subjetivo sobre a proibição da exportação de animais nos portos paulista.

      As varias lideranças ativistas tem trabalhando para engrossar as ações contra exportação, outras tem tentado ganhar fama ou mesmo abafar o caso. O documentário Jill´s Film foi muito oportuno, note-se que a mobilização na Europa é bem forte mesmo pessoas que não são veganas estão se posicionando contra os maus tratos e no Brasil muita gente que se diz da causa animal não está se esforçando muito.
      O presidente do Veddas, George Guimarães coloca uma posição bastante incisiva, com a morte de Jill Phipps, um grupo enorme de pessoas largaram tudo e foram acampar na entrada do aeroporto Coventry, e a imprensa cobriu de forma neutra o caso. No Brasil pessoas que são veganas estão colocando em segundo plano o sofrimento dos animais, não seria possível se doar mais? Ativismo vegano é hobby ou é causa? Não seria possível, por exemplo, mudar de emprego pra tem mais tempo para se dedicar aos animais? Esses foram alguns dos questionamentos levantados.

      Alguns dos presentes são novos no ativismo e levantaram a questão de não saber como agir, o que fazer ou como podem contribuir para a causa. Dentre as muitas possibilidades o ativismo independente  é uma opção e todos os coletivos ativistas estão de portas abertas para novos participantes, alguns até aceitam pessoas que não seja veganos/vegetariano desde que sintam a real vontade de tornar-se. A vivencia no meio ativista é uma "porta larga" para adentrar o veganismo.


     O debate foi transmitido ao vivo para o facebook e foi deixado um recado para quem estava assistindo: "Não coloque sobre um líder ou uma Ong a responsabilidade de defender um animal, nós devemos abraçar esta causa, nós temos essa responsabilidade, nós temos esse potencial e a gente tem que fazer". A causa é urgente, o movimento no Brasil está amadurecendo agora e não pode deixar esta energia diminuir, unir os coletivos e ongs acima dos nomes ou bandeiras foi um passo importante, tem chamado a atenção de pessoas de fora para o veganismo e os maus tratos que ocorrem desnecessariamente com os animais. Cada um tem a sua vida e dificuldades mas a causa animal é uma "luta de Golias" e sem engajamento será uma luta que se estenderá para além do necessário.
    O debate em torno do filme foi bastante produtivo tanto para uma auto crítica de cada um tanto para apontar as falhas dentro da causa. Na opinião de alguns este evento deve acontecer mais vezes em outros locais pois tem um potencial enorme mas depende da presença de mais pessoas, de mais demanda, mais opiniões.
     Este é o nosso momento, o ativismo no Brasil como um todo está pronto para bater de frente com a indústria da exploração animal mas, precisa de mais engajamento, união e persistência.


Procure o Veddas no Facebook - https://www.facebook.com/ONGVEDDAS/


Ps. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.

   

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

São Paulo Animal Save faz vigília em abatedouros de porcos

Na madrugada do dia 23 para 24 de fevereiro ativistas do grupo São Paulo Animal Save realizam mais uma vigília na porta de abatedouro.

 O Save Movement é um movimento mundial com células em diversos países que luta contra a maldade e exploração de animais, principalmente em abatedouros. O foco são as vigílias, onde denuncia-se as péssimas condições de transportes dos animais e também o holocausto em que são colocados. 

     O plano original era fazer a vigília num abatedouro de aves , porém não foi possível porque o abatedouro não funcionava no fim de semana. O ultimo caminhão já havia partido na sexta feira antes dos ativistas chegarem.

      O plano B foi se dirigir para Carapicuíba onde o velho conhecido Abatedouro Rajá se encontra. Não foi preciso esperar muito para que aparecesse um caminhão transportando os animais. Este abatedouro é especializado no abate de suínos e localiza-se num bairro residencial o que facilita a abordagem do motorista, não é possível dirigir em alta velocidade numa via tão estreita.

          Rapidamente os ativistas se organizaram em tarefas específicas, os responsáveis por se colocar na frente da carreta posicionaram enquanto outro foi conversar com o motorista, explicar que era uma ação pacífica e que eles só queriam registrar algumas imagens, o motorista confessando estar exausto concordou em aguardar por cinco minutos.




O que se viu no interior da carreta foram cenas de descaso total com os animais e maus tratos inegáveis. Animais amontoados e sujos.



  
 Uma das missões do Save é levar conforto aos animais nos seus últimos instantes de vida. Animais destinados ao abate são vistos como mera matéria prima e não conhecem o que é carinho, respeito e amor uma vez que não lhes é permitido viver em família e os criadores não os veem como seres sencientes.

      A equipe do Save já esteve em outras oportunidades neste mesmo abatedouro e desta vez por mais experientes que fossem eles foram surpreendidos. Os animais estavam em condições piores que das outras vigílias, normalmente eles conseguem se movimentar mesmo que precariamente dentro da carreta mas desta vez eles ficaram impossibilitado de se mexerem por causa da lotação. A perte mais triste desta vigília foi quando um dos ativistas acessou o ultimo piso da carreta, são três andares de animais por carreta, onde foi flagrado um porco morto, literalmente com as patas para o alto e outro agonizando nos últimos momentos de vida

 Para acabar com o argumento que alguns insistem em usar que "os animais são tratados melhor que muita gente aí" o São Paulo Save Movement vai até os locais onde eles são abatidos. Locais escondidos de difícil acesso que em sua maioria funcionam de madrugada justamente pra que as pessoas não façam a ligação da carne com o ser vivo que um dia foi.



 
      O momento do desembarque da carreta é outra parte bastante cruel, os animais estão cansados e estressados e já sentem que estão a caminho da morte por isso se recusam a sair da carreta. O que se sucede é uma sessão de tortura com chutes, pancadas com hastes de ferro e talvez até choques para tirar a "carga" de dentro da carreta. Os funcionários do abatedouros se mostraram ligeiramente hostis de certo estão com medo do fechamento do local. A repercussão negativa do caso de embarque de animais vivos no porto de Santos colocou a indústria pecuária em alerta.
     Neste dia para que não fosse filmado os maus tratos durante o desembarque alguns caminhões  baú foram colocados na frete para dificultar o registro. Mas os gritos dos animais era impossível de esconder.

    Para os ativistas a missão estava cumprida, os registros foram feitos com sucesso, alguns poucos animais conheceram um lado inédito do ser humano, o lado carinhoso e compassivo. A partir dalí era publicar exaustivamente as imagens para denunciar os maus tratos e tentar sensibilizar as pessoas que ainda consomem carne.


   Para ajudar o São Paulo Save Movement existe varias formas: Compartilhando o material produzido ou Voluntariando-se nas vigílias. A visibilidade do que ocorre nos abatedouros tem sido uma grande ferramenta para o fim do consumo de produtos de origem animal. Veja os links abaixo os canais de contato com o grupo:

Grupo no Facebook;
Pagina no Facebook;
Canal no Youtube;
Pagina do Save Movement Internacional no Facebook
Site do Save Movement Internacional



Ps. As fotos utilizadas neste post foram feitas pelos ativistas e publicadas na pagina oficial do grupo.




domingo, 18 de fevereiro de 2018

Teatro Veddas - Porto Vergonha

São Paulo dia 18 de fevereiro de 2018


  O movimento vegano vivencia um momento histórico em 2018, a questão do embarque de animais vivos para abate na Turquia levou os defensores do direitos dos animais a deixar de lado suas diferenças e bandeiras e focar todos os esforços para acabar com essa prática.

 Neste dia 18 manifestantes se reuniram na Avenida Paulista para protestar contra essa atividade, e simultaneamente ativistas na Turquia também se manifestaram na cidade de Ancara, Esmira e Istambul em solidariedade aos brasileiros. Também ocorreram manifestações nas cidades de Campinas SP e Santarém PA.

Banner com a mensagem "Parem o navio da morte Nada" em três idiomas.

     Em São Paulo ocorreu uma manifestação que contou com aproximadamente 200 participantes e na sequencia acontece o Teatro Veddas com o tema: Porto Vergonha.
      A proposta da encenação era justamente reproduzir as condições que os animais estavam nos chamado "navios boiadeiro" como o Nada.
  A personagem trouxe pra Av Paulista toda a dor, o pavor e as condições de higiene que estavam os animais no interior do navio Nada.
      Como o piso do navio não é vedado todos os dejetos dos animais que estão nos pisos superiores vão caindo sobre os animais que estão abaixo.

      Nascidos condenados a morrer sem conhecer a liberdade, carinho e dignidade.

 Atrás do "navio da morte" outros participantes levavam cartazes com mensagens contra o embarque dos animais. Uma analogia à luta que se iniciou em dezembro de 2017, ativistas se mobilizando enquanto os animais sofrem logo ali.

      Varias edições do Teatro Veddas já ocorreram na Av Paulista e sempre chama atenção mas nesta vez o sucesso foi evidente, muitas pessoas pararam pra ver, perguntar e comentar sobre.
     Todas as mídias digitais ligadas ao veganismo estão publicando a respeito da luta nos portos no litoral de São Paulo, grupos específicos sobre a causa foi criado no Facebook. Toda essa divulgação mostrou seu efeito durante a realização da encenação.


      Muita gente estava a par do caso, era comum conversas paralelas com pessoas dizendo ser contra os maus tratos, mesmo pessoas que não eram vegetarianas.

      A encenação organizada pela Ong Veddas contou com a participação de vários grupos inclusive pessoas vindas da cidade de Santos, uma retribuição aos ativistas de São Paulo que foram até lá para reforçar a luta contra o embarque de animais no porto.
 "Não é carga viva, são vidas" 


       A insistência em se manifestar, divulgar e brigar com ferramentas jurídicas contra o comercio internacional  de animais vivos tem dado resultado, quase todo mundo gosta de animais, quem ama um Pet em algum momento irá ter empatia com outros animais basta que alguém lhes mostre que bois, porco ou galinhas também são seres vivos.
     Existem alguns processos tramitando na justiça e já tem até provas de propinas paga pela Minerva Foods ao alto escalão do governo atual para liberar o navio Nada. O movimento só cresce e está deixando os ruralistas preocupados, se a justiça for feita muitos políticos podem terminar presos e empresas ter grandes prejuízos em multas e processos por não cumprir a lei.


Ps. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.
Dicas, sugestões e críticas podem ser deixadas nos comentários.