sábado, 24 de novembro de 2018

2° Manifesto Nacional Contra O Abate De Jumentos - SP

São Paulo 24 de novembro de 2018

    No segundo ato realizado em São Paulo em repudio ao massacre de jumentos que está acontecendo no nordeste do país, grupos de ativistas se reúnem no centro da cidade para levar a mensagem que não haverá silencio.

       
      Os panfletos distribuídos foram produzidos de forma independente, cada um imprimiu o quanto pode e levou. O evento estava marcado para acontecer no Viaduto do Chá mas por conta do vento forte e pequena garoa os manifestantes de dirigiram para a Praça do Patriarca.


O clima de São Paulo estava instável e a ameaça de chuva afastou parte dos ativistas, estima-se que cerca de 20 pessoas estiveram na manifestação. Apesar do pouco numero de participante foi suficiente para chamar a atenção dos pedestres que passavam.


Após algum tempo a manifestação seguiu pela Rua Direita em direção ao Largo São Bento.


     Entre trechos movimentados e outros desertos a mensagem foi atingindo as pessoas, a grande maioria das pessoas nem imaginavam que jumentos estava sendo usados como fonte de carne para exportação.


     Ao chegar no Largo São Bento os manifestantes fizeram uma pausa e continuar com a panfletagem.




 Depois o grupo seguiu pela Rua Boa Vista e desceu a Ladeira Porto Geral aproveitando o grande movimento de compradores que estavam na rua 25 de Março. De lá a manifestação segue para o Mercado Municipal, local onde se mistura um variedade enorme de verduras, hortaliças e temperos com grande variedade de carnes dos mais diferentes animais.
  Os manifestantes decidiram atravessar por dentro do Mercado e para evitar atritos passaram em silencio, apenas segurando cartazes. Na parte dedicada os vegetais houve apoio e indignação a respeito da crueldade com os jumentos, na parte das bancas de carnes alguns poucos tentaram alguma provocação mas sem sucesso.

Pagina do evento no facebook:
 2º Manifesto Nacional contra o Abate de Jumentos


Para participar das próximas manifestações acompanhe a pagina no facebook:
Frente nacional de defesa dos jumentos




segunda-feira, 5 de novembro de 2018

17 anos da Morte de Barry Horne


Nascido em Northampton, Inglaterra em 17 de março de 1952, Barry Horne trabalhou como agente de tratamento de resíduos, esta conexão com destinação correta de resíduos e preservação ambiental tenha sido a chave para o surgimento de um dos maiores nomes do ativismo da causa animal.

Na primavera de 1987 Barry Horne então com 35 anos participa de uma reunião da  Northampton Animal Concern (NAC) - associação de defesa dos animais - onde assiste a vários documentários expondo a crueldade do uso de animais em testes em laboratórios e indústria de peles. A partir deste dia torna-se vegetariano e dedica-se a sabotar caças.
 Ainda no ano de 87  organiza uma ação de resgate de animais do laboratório da Unilever, esta ação envolveu mais de 150 pessoas. Em seguida organiza um protesto em frente a loja de departamentos Beatties famosa por vender casacos de pele, a manifestação surtiu resultados e a loja assumiu o compromisso de banir vestimentas feitas com peles de animais.



 Barry liderou a invasão a uma fazenda de ovos administrada por freiras, sabotagens diversas em campos de caça e resgates de animais.

     Em 1988 tentou salvar Rocky, um golfinho capturado em 1971 na Flórida,  EUA e mantido durante 20 anos uma pequena piscina de concreto no resort Marineland em Lancashire, Inglaterra.
     Horne, juntamente com outros quatro militantes, planejou mover Rocky, que pesava aproximadamente 113 quilos, a partir da piscina para o mar, usando uma escada de mão, uma rede, uma maca feita em casa e um Mini Metro alugado. Durante a operação de resgate eles perceberam que a operação era mais complexa que o planejado e abortaram o resgate porém a policia já estava no local e os ativistas foram presos.

Barry Horne com os Beagles resgatados de Harlan.

No ano de 1990 juntamente com Keith Mann e Danny Attwood, Horne forma uma pequena célula da A.L.F (Animal Liberation Front - Frente de Libertação Animal). que invadiu a Harlan Interfauna – uma empresa que fornece animais e órgãos para laboratório. Os ativistas resgataram 82 cães Beagle e 26 coelhos. E também levaram documentos com os nomes dos clientes da Interfauna, entre os quais estavam a Boots (Boots Company PLC, rede de farmácias presente em todo o Reino Unido), a Glaxo (GlaxoSmithKline plc, companhia farmacêutica), a Beechams (companhia farmacêutica), o Centro de Investigação de Huntingdon (empresa dedicada a testes em animais), e uma série de universidades.
     As tatuagens dos cães foram removidas por veterinário e os animais doados para famílias por toda a Inglaterra. As pistas deixadas no laboratório acabaram por levar a policia aos ativistas que foram acusados de roubo.

     Horne junto com um grupo de manifestantes invadiram a Conferência sobre Pesquisa em Animais, realizada no Exeter College, em Oxford. Depois de lutar com a polícia para entrar no salão da conferência, eles derrubaram mesas e esmagaram 50 garrafas de vinho Claret. Horne e cinco outros foram acusados de “desordem violenta”.
     A atitude de Horne pareceu endurecer na prisão. Em junho de 1993, ele escreveu no Support Animal Rights Prisoners Newsletter

 “Os animais continuam a morrer e as torturas passam a ser maiores e a acontecer em maior escala. As pessoas reagem a esta situação? Mais hambúrgueres vegetarianos, mais Special Brew e mais apatia. Já não há nenhum Movimento de Liberação Animal. Eles morreram há muito tempo. Tudo o que restou são muito poucos ativistas que se importam, que entendem e que agem… Se você não agir, então você tolera. Se você não luta, então você não ganha. E se você não ganha, então você é responsável pela morte e pelo sofrimento, que vai aumentar e aumentar.”

Em 1994 quando saiu da prisão Horne passou a trabalhar sozinho já que a policia estava em constante monitoramento dos grupos ativistas. Sucede então uma serie de ataques incendiários a lojas de couro, lojas farmacêuticas e outras que apoiavam pesquisas usando animais. Como a grande maioria dos ativistas não apoiava ações violentas - mesmo que nenhum dos ataques realizados tenha ferido alguém - foi fácil para a policia ligar os ataques à Barry Horne. Em 1996 Barry é preso e condenado a 18 anos de prisão.
Em 6 de janeiro de 1997 Barry Horne inicia sua primeira greve de fome declarando que recusaria qualquer alimento até que o governo retirasse o apoio as experimentações em animais. Como era ano de eleição e o partido trabalhista estava em vantagem Horne pos fim a greve de fome em 09 de fevereiro quando o partido trabalhista declarou: 

"o partido trabalhista está empenhado em reduzir, e em eventualmente pôr fim, a vivisseção."

Esta atitude de Barry fez com que ativistas realizassem ações mais efetivas pela libertação animal dentre elas: a remoção de gatos da fazenda Grove Hill, em Oxfordshire, que criava gatos para laboratórios; danos ao Centro Harlan de criação de animais e remoção de cães beagle do Canil Consort; a destruição de sete caminhões da granja Buxted em Northamptonshire; um bloqueio do porto de Dover e pesados danos a um McDonalds da cidade; e a remoção de coelhos que eram criados para vivisseção na Homestead Farm. 

11 de agosto de 1997 Barry inicia a segunda greve de fome. Com o intuito de pressionar o partido trabalhista a remover todas as licenças de experimentos na inglaterra por um prazo a ser estipulado. Novamente houve um crescimento no numero de ações por todo país. Em 12 de setembro de 1997, protestos foram realizados em Londres e Southampton, no Reino Unido, em Haia, em Cleveland, Ohio (EUA), e na Universidade Umeå, na Suécia, onde ativistas tentaram atacar os laboratórios da universidade. Quatrocentas pessoas marcharam na Fazenda Shamrock, uma instalação que abrigava primatas perto de Brighton(Inglaterra), trezentas no Laboratório Wickham, uma instalação experimental, e foram feitos piquetes nos escritórios do Partido Trabalhista, bem como na casa de Jack Straw, o Secretário de Estado. Ativistas montaram acampamento em frente ao Huntingdon Life Sciences na A1, em Cambridgeshire, cavando túneis subterrâneos para dificultar seu despejo. O Newchurch Guinea Pig Farm foi invadido em setembro e 600 cobaias foram removidas. Em 26 de setembro Horne encerra sua greve de fome quando um ministro do partido trabalhista pressionou o governo a negociar com Horne e a causa animal.

     Em 6 de outubro de 1998 Horne inicia sua terceira greve de fome, a mais longa. Ele exigiu o fim da concessão de licenças que autorizavam experiências em animais, e a não renovação das licenças em curso; a proibição de toda vivisseção feita com finalidades não-médicas; um compromisso para acabar com todas as vivisseções em 6 de janeiro de 2002; um fim imediato em toda experimentação animal na instituição de defesa em Porton Down; e o fechamento do Animal Procedures Committee, um órgão consultivo do governo que Horne considerou como um “patrocínio do governo que leva a diante a indústria da vivisseção.” 

Ele emitiu uma declaração, que continua a ser citada pelo movimento como um grito mobilizador: 
A luta não é para nós, nem para os nossos desejos e necessidades pessoais. É para cada animal que tenha alguma vez sofrido e morrido nos laboratórios de vivisseção, e para cada animal que vai sofrer e morrer nesses mesmos laboratórios a menos que nós terminemos com esse negócio diabólico agora. As almas dos mortos torturados clamam por justiça, o grito da vida é pela liberdade. Nós podemos criar essa justiça e nós podemos entregar essa liberdade. Os animais não têm ninguém, apenas nós. Nós não vamos desapontá-los. 

    No décimo dia sem comer Barry foi transferido para uma "cela da greve de fome" sem banheiro ou pia, após pressão dos apoiadores foi levado de volta a uma cela normal. Após 43 dias Barry havia perdido 25% da gordura corporal e apresentava dificuldades de raciocínio e para enxergar. No dia seguinte Barry tem uma reunião com membros do governo onde nada foi conseguido. A situação estava piorando e Horne cede um pouco nas exigências.
  Após 46 dias sem comer, Horne é transferido para o hospital com desidratação severa, Keith Mann que o acompanhava passou a levar gravações de Horne para os membros do governo para seguir com as negociações. Devido a dificuldades de raciocínio de Horne ele decide tomar um pouco de suco de laranja e chá com açúcar a fim de evitar o coma e ajudar na compreensão das gravações trazidas do governo. Esta atitude seria usada pela mídia contra Horne classificando a greve de fome como uma farsa. Varias manifestações ocorreram em apoio a Horne na Inglaterra incluindo resgate de animais em fazendas.
 Uma ala mais radical conhecida como ARM (Animal Rights Militia - Milícia dos direitos dos Animais) publicou um lista com nome de 10 cientistas que seriam assassinados caso Horne morresse.

 No 63º dia de greve Horne já estava cego de um olho e surdo de um ouvido e seu fígado praticamente morto, o governo envia um fax para Mann com algumas das reivindicações que estavam dispostos a conceder, Mann afirma que se houvesse algo de substancial na oferta do governo Horne poria fim à greve de fome.
 Após 66 dias sem comer, com dores pelo corpo e alucinações, Horne já nem se lembrava o motivo da greve, assim ele é transferido de volta à prisão já que se recusava a receber tratamento médico. Dois dias depois é levado de volta ao hospital. Em 13 de dezembro de 1998 Horne volta a comer depois de algumas concessões do governo.

  Barry Horne nunca mais foi o mesmo segundo escreve Keith Mann, tentou por outras vezes fazer greve de fome mas sem apoio e uma reivindicação clara acabava por desistir. Em 5 de novembro de 2001 morre de insuficiência hepática enquanto cumpria os 18 anos de prisão a que fora condenado.

 Seu nome sempre será lembrado dentro do meio ativista, como um exemplo de dedicação e coragem.

 








 Fontes utilizadas para criação deste texto:

https://www.portalveganismo.com.br/barryhorne/ 
http://www.bluegreenearth.com/site/news/barry.html
https://veganbr.wordpress.com/2008/11/28/barry-horne/
 



domingo, 4 de novembro de 2018

Marcha pelo dia mundial do veganismo 2018

São Paulo dia 04 de novembro de 2018

Para encerrar a semana nacional anti especismo e comemorar o dia mundial do veganismo - 01 de novembro -  ativistas realizam uma manifestação na Av Paulista.


 A concentração da marcha aconteceu em frente ao MASP e caminhou pela avenida sentido Consolação e depois retornou pela pista contrária. A avenida Paulista fica fechada para carros nos domingo permitindo uma visibilidade muito grande para a causa abolicionista já que a avenida é tomada por pessoas em busca de lazer. 
Os ativistas com cartazes e faixas seguiam com palavras de ordem como:

Pela paz respeite os animais
Pela paz não coma os animais


     A marcha completa sua terceira edição em 2018 e reúne coletivos e ativistas independentes focados nos direitos dos animais, este ano além do veganismo de forma genérica cartazes lembravam dois casos recentes que é o embarque de animais vivos nos portos brasileiros e o abate de jumentos para venda das carne.

Veganismo antiespecista e também antiracista
Veganismo antiespecista e também antifascista.

 
    A luta pelos direitos dos animais passa inevitavelmente por todas as outras lutas, quem se sensibiliza pela causa animal irá se sensibilizar pelas causas humanas: Racismo, Sexismo, Homofobia entre outras pautas estão todas abraçadas pelo Abolicionismo Antiespecista que conduz ao veganismo.

Boi boi boi, boi da cara preta 
Os pecuaristas estão acabando com o planeta.

 A marcha seguiu pacífica por quase todo o trajeto, somente um vendedor de espetinhos de carne que se incomodou mas foi rapidamente repelido sob gritos de "vendedor de cadáver". A longo do caminho os megafones trazido pelos coletivos ficaram disponíveis para quem quisesse falar.



Veganismo libertação contra toda opressão.


 A marcha terminou em frente ao MASP, não há uma contabilização oficial do numero de participantes mas estima-se umas 80 pessoas, composta por coletivos como Veddas, Vozes em Luto, Nação Vegana, Direct Action Everywhere São Paulo, FAU, Anonymous for Voiceless e ativistas independentes, contou também com a presença de pessoas de outras cidades como Santos, Araraquara, Sorocaba, Mogi das cruzes, São Caetano entre outras.

 Ao termino da marcha o coletivo Vozes em Luto fez uma ação para finalizar a semana internacional antiespecista com cartazes e um texto em homenagem a Barry Horne, ativista vegano que morreu em 05 de novembro de 2001 numa greve de fome protestando contra os testes em animais.


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Marcha pelo dia mundial pelo veganismo