segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

São Paulo Animal Save faz vigília em abatedouros de porcos

Na madrugada do dia 23 para 24 de fevereiro ativistas do grupo São Paulo Animal Save realizam mais uma vigília na porta de abatedouro.

 O Save Movement é um movimento mundial com células em diversos países que luta contra a maldade e exploração de animais, principalmente em abatedouros. O foco são as vigílias, onde denuncia-se as péssimas condições de transportes dos animais e também o holocausto em que são colocados. 

     O plano original era fazer a vigília num abatedouro de aves , porém não foi possível porque o abatedouro não funcionava no fim de semana. O ultimo caminhão já havia partido na sexta feira antes dos ativistas chegarem.

      O plano B foi se dirigir para Carapicuíba onde o velho conhecido Abatedouro Rajá se encontra. Não foi preciso esperar muito para que aparecesse um caminhão transportando os animais. Este abatedouro é especializado no abate de suínos e localiza-se num bairro residencial o que facilita a abordagem do motorista, não é possível dirigir em alta velocidade numa via tão estreita.

          Rapidamente os ativistas se organizaram em tarefas específicas, os responsáveis por se colocar na frente da carreta posicionaram enquanto outro foi conversar com o motorista, explicar que era uma ação pacífica e que eles só queriam registrar algumas imagens, o motorista confessando estar exausto concordou em aguardar por cinco minutos.




O que se viu no interior da carreta foram cenas de descaso total com os animais e maus tratos inegáveis. Animais amontoados e sujos.



  
 Uma das missões do Save é levar conforto aos animais nos seus últimos instantes de vida. Animais destinados ao abate são vistos como mera matéria prima e não conhecem o que é carinho, respeito e amor uma vez que não lhes é permitido viver em família e os criadores não os veem como seres sencientes.

      A equipe do Save já esteve em outras oportunidades neste mesmo abatedouro e desta vez por mais experientes que fossem eles foram surpreendidos. Os animais estavam em condições piores que das outras vigílias, normalmente eles conseguem se movimentar mesmo que precariamente dentro da carreta mas desta vez eles ficaram impossibilitado de se mexerem por causa da lotação. A perte mais triste desta vigília foi quando um dos ativistas acessou o ultimo piso da carreta, são três andares de animais por carreta, onde foi flagrado um porco morto, literalmente com as patas para o alto e outro agonizando nos últimos momentos de vida

 Para acabar com o argumento que alguns insistem em usar que "os animais são tratados melhor que muita gente aí" o São Paulo Save Movement vai até os locais onde eles são abatidos. Locais escondidos de difícil acesso que em sua maioria funcionam de madrugada justamente pra que as pessoas não façam a ligação da carne com o ser vivo que um dia foi.



 
      O momento do desembarque da carreta é outra parte bastante cruel, os animais estão cansados e estressados e já sentem que estão a caminho da morte por isso se recusam a sair da carreta. O que se sucede é uma sessão de tortura com chutes, pancadas com hastes de ferro e talvez até choques para tirar a "carga" de dentro da carreta. Os funcionários do abatedouros se mostraram ligeiramente hostis de certo estão com medo do fechamento do local. A repercussão negativa do caso de embarque de animais vivos no porto de Santos colocou a indústria pecuária em alerta.
     Neste dia para que não fosse filmado os maus tratos durante o desembarque alguns caminhões  baú foram colocados na frete para dificultar o registro. Mas os gritos dos animais era impossível de esconder.

    Para os ativistas a missão estava cumprida, os registros foram feitos com sucesso, alguns poucos animais conheceram um lado inédito do ser humano, o lado carinhoso e compassivo. A partir dalí era publicar exaustivamente as imagens para denunciar os maus tratos e tentar sensibilizar as pessoas que ainda consomem carne.


   Para ajudar o São Paulo Save Movement existe varias formas: Compartilhando o material produzido ou Voluntariando-se nas vigílias. A visibilidade do que ocorre nos abatedouros tem sido uma grande ferramenta para o fim do consumo de produtos de origem animal. Veja os links abaixo os canais de contato com o grupo:

Grupo no Facebook;
Pagina no Facebook;
Canal no Youtube;
Pagina do Save Movement Internacional no Facebook
Site do Save Movement Internacional



Ps. As fotos utilizadas neste post foram feitas pelos ativistas e publicadas na pagina oficial do grupo.




domingo, 18 de fevereiro de 2018

Teatro Veddas - Porto Vergonha

São Paulo dia 18 de fevereiro de 2018


  O movimento vegano vivencia um momento histórico em 2018, a questão do embarque de animais vivos para abate na Turquia levou os defensores do direitos dos animais a deixar de lado suas diferenças e bandeiras e focar todos os esforços para acabar com essa prática.

 Neste dia 18 manifestantes se reuniram na Avenida Paulista para protestar contra essa atividade, e simultaneamente ativistas na Turquia também se manifestaram na cidade de Ancara, Esmira e Istambul em solidariedade aos brasileiros. Também ocorreram manifestações nas cidades de Campinas SP e Santarém PA.

Banner com a mensagem "Parem o navio da morte Nada" em três idiomas.

     Em São Paulo ocorreu uma manifestação que contou com aproximadamente 200 participantes e na sequencia acontece o Teatro Veddas com o tema: Porto Vergonha.
      A proposta da encenação era justamente reproduzir as condições que os animais estavam nos chamado "navios boiadeiro" como o Nada.
  A personagem trouxe pra Av Paulista toda a dor, o pavor e as condições de higiene que estavam os animais no interior do navio Nada.
      Como o piso do navio não é vedado todos os dejetos dos animais que estão nos pisos superiores vão caindo sobre os animais que estão abaixo.

      Nascidos condenados a morrer sem conhecer a liberdade, carinho e dignidade.

 Atrás do "navio da morte" outros participantes levavam cartazes com mensagens contra o embarque dos animais. Uma analogia à luta que se iniciou em dezembro de 2017, ativistas se mobilizando enquanto os animais sofrem logo ali.

      Varias edições do Teatro Veddas já ocorreram na Av Paulista e sempre chama atenção mas nesta vez o sucesso foi evidente, muitas pessoas pararam pra ver, perguntar e comentar sobre.
     Todas as mídias digitais ligadas ao veganismo estão publicando a respeito da luta nos portos no litoral de São Paulo, grupos específicos sobre a causa foi criado no Facebook. Toda essa divulgação mostrou seu efeito durante a realização da encenação.


      Muita gente estava a par do caso, era comum conversas paralelas com pessoas dizendo ser contra os maus tratos, mesmo pessoas que não eram vegetarianas.

      A encenação organizada pela Ong Veddas contou com a participação de vários grupos inclusive pessoas vindas da cidade de Santos, uma retribuição aos ativistas de São Paulo que foram até lá para reforçar a luta contra o embarque de animais no porto.
 "Não é carga viva, são vidas" 


       A insistência em se manifestar, divulgar e brigar com ferramentas jurídicas contra o comercio internacional  de animais vivos tem dado resultado, quase todo mundo gosta de animais, quem ama um Pet em algum momento irá ter empatia com outros animais basta que alguém lhes mostre que bois, porco ou galinhas também são seres vivos.
     Existem alguns processos tramitando na justiça e já tem até provas de propinas paga pela Minerva Foods ao alto escalão do governo atual para liberar o navio Nada. O movimento só cresce e está deixando os ruralistas preocupados, se a justiça for feita muitos políticos podem terminar presos e empresas ter grandes prejuízos em multas e processos por não cumprir a lei.


Ps. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.
Dicas, sugestões e críticas podem ser deixadas nos comentários.


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Colagem de cartazes na cidade de Suzano realizado pelo coletivo Cativa

No dia 2 de fevereiro ativistas em solidariedade ao movimento contra o embarque de animais vivos no porto de Santos realizam colagem de cartazes na cidade de Suzano SP.


 "Liberte se da venda que te cega"



     Utilizando arte própria voltada para a questão dos animais no porto de Santos, os cartazes provocavam a reflexão sobre o direito à vida dos animais e os impactos que a pecuária no meio ambiente.

     O Coletivo Cativa, responsável pela ação, visa ações simples em regiões afastadas dos grandes centros que é onde as informações não chega. Cartazes podem ser o primeiro passo para a receptividade de um assunto, as pessoas acabam por desenvolver curiosidade sobre a causa.

      A venda nos olhos, colocada pelas propagandas de animais felizes por servir de alimento como o Peru da Sadia, personagem em desenho animado criado para estimular as pessoas a consumir aves mortas, esta é a realidade bem diante dos olhos das pessoas mas que nunca tiveram um estímulo para questionar isso. O documentário sugerido no cartaz, Terráqueos.org esclarece bem o que existe por trás da indústria pecuária.


      Cartazes do Movimento Não Mate também foram usados, as imagens dos cartazes se tornaram um padrão facilmente reconhecido nas ruas muitos dos ativistas quando começam na causa utilizam o material disponível gratuitamente pelo movimento.

     O Coletivo Cativa esteve focado em auxiliar outros coletivos mas em 2018 começa a realizar seus próprios trabalhos também, já que o foco é completamente diferente dos modelos seguidos por outros grupos ativistas.  O trabalho de conscientização nas periferias já se mostrou viável e necessário não somente par a causa animal mas para causas humanitárias.

     
     Os maus tratos presenciado no porto de Santos com os bois que estão sendo enviados para a Turquia despertou em muita gente de fora do veganismo o sentimento de injustiça com seres indefesos. A proposta de grupos abolicionistas e antiespecista, como o Cativa, é mostrar que todos os seres vivos tem suas próprias razões de existir e quem demonstra compaixão pelos menores seres vivos certamente terá compaixão com outros seres humanos, direcionado a sociedade para a tão falada paz que nunca se alcança devido ao sentimento de superioridade.






Ps. As fotos utilizadas neste post são de autoria dos participantes do Cativa, e foram feitas com o único objetivo de estimular outras pessoas realizar trabalhos semelhantes uma vez que não requer grandes recursos nem experiência. Veja aqui um documentário sobre a arte do Lambe-Lambe

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Manifestação em frente ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região

      No dia 07 de fevereiro os manifestantes continuaram a onda de protesto contra a liberação do navio NADA com 20 mil bezerros rumo à Turquia.




     Depois de ir até a sede da empresa Minerva Foods no dia anterior agora era a vez do Tribunal Regional Federal ser cobrado pelos manifestantes.

     
 "O que é que nós queremos?
O fim da exportação animal!
Quando é que nós exigimos?
Agora!"

 Gritavam os manifestantes. O porto de Santos não fazia este tipo de embarque há 20 anos, neste meio tempo a cidade cresceu e o retorno do transporte de animais vivos dentro da cidade se tornou uma atividade incomoda. A população reclama do cheiro e a prefeitura flagrou o vazamento de dejetos das carretas durante o transporte o que rendeu uma multa de 2 milhões à Minerva Foods.

      A empresa Minerva Foods foi notificada por meio de 2 liminares Estaduais determinando o desembarque dos animais, ordem esta que não foi cumprida.
     
     Na sequencia o Juiz federal Djalma Moreira Gomes reforçou a decisão proibir a partida do navio NADA e o desembarque imediato, ordem esta também não foi acatada pela empresa. Fica evidente que o poderio econômico coloca a lei sob suas ordens.

 Após o laudo da veterinária que atestava as más condições em que os animais se encontravam a desembargadora Diva Prestes Marcondes Malerbi manteve a proibição da partida do navio bem como o desembarque imediato dos animais. A quarta ordem judicial desrespeitada, duas na esfera estadual e duas na esfera federal.
      Os manifestantes exigem uma explicação do judiciário brasileiro, como um grupo de pessoas afronta 4 ordens judiciais, não cumpre regras básicas da legislação brasileira e nada acontece.

     
   Um velório simbólico foi realizado pelas 20 mil vidas que serão tiradas de forma cruel na Turquia.


    Depois e todos os maus tratos no transporte rodoviário e marítimo os 20 mil bois serão abatido dentro de um ritual da tradição muçulmana chamada abate Halal que é uma forma cruel onde o animal não pode ser anestesiado para o abate. Os ativistas tem consciência que não vão parar o consumo de carne de uma hora pra outra, o que eles exigem é que o abate seja feito da forma menos dolorosa e isso aconteça no Brasil assim evita-se o estresse do transporte, mudanças climáticas e o transporte por mar que não é nada natural para animais terrestre de grande porte.

     Neste momento já não é mais uma questão do Veganismo, já é uma questão de soberania, justiça e respeito. A política brasileira passa pela sua pior crise, escândalos de corrupção aparece quase que diariamente nos jornais e são arquivados sem punir os envolvidos quase que na mesma velocidade que apareceram. A população está dormente mas não se sabe o que pode acontecer se um grupo começar a se mobilizar contra isso, exigindo punição para todos que transgridam a lei independente da condição social.



Ps. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.
Dicas, sugestões e críticas podem ser deixadas nos comentários.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

O NADA se foi mas a luta continua

    Após a justiça federal determinar a cassação da liminar que impedia o navio NADA com 20 mil boi vivos de partir para a Turquia, o movimento ativista vegano se prepara para atacar por outras frentes.
    Na segunda feira 05/02 ocorreu uma manifestação em frente ao consulado da Turquia em São Paulo, outras manifestações estão marcada no consulado em outros estados.
    Velório simbólico realizado em frente ao consulado da Turquia em São Paulo
 Foto de Mara Samanta

    Na terça os manifestantes foram até o escritório da Minerva Foods localizada no Itaim Bibi.
      O ato contou com a presença de Luisa Mell que mesmo com o pé imobilizado está apoiando o movimento contra o embarque de animais vivos.

      O evento contou com aproximadamente 60 pessoas, que foi considerado um numero bom para o tipo de protesto. Somente uma viatura foi alocada para acompanhar a ação já que se sabia desde o começo que seria pacífica.
      O principal objetivo da manifestação foi denunciar as irregularidade por trás da liberação do navio NADA no porto de Santos SP. Com 5 liminares barrando a partida no navio, com fotos e vídeos evidenciando os maus tratos durante o transporte por carretas e por ultimo o relatório da Médica Veterinária Magda Regina atestando as más condições que os animais se encontravam no interior do navio, os ruralistas conseguiram derrubar - não se sabe com base em que - todas as liminares e liberar o navio. Fica evidente que não há nenhuma justificativa técnica para tal liberação. A explicação mais provável seja a divida dos políticos com empresas que financiam as campanhas políticas.

Além de Luisa Mell, o ato contou com a presença de Nina Rosa Jacob, fundadora do Instituto Nina Rosa famosa pelo documentário A carne é Fraca.


 No dia  07 de fevereiro os ativistas estarão em frente ao Tribunal Regional Federal na Av Paulista e ao mesmo tempo uma nova manifestação está sendo convocada para o Porto de Santos onde o navio
Ocean Shearer - que possui as mesmas características do NADA - está atracado.

Ps. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis - exceto a foto do consulado da Turquia - e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.
 


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

União ativista contra o embarque de bois vivos no porto de Santos - parte 2

Domingo começa, todos estão cansados fisicamente mas a garra ainda os mantém de pé.
     O dia já começa com conflitos, o deputado estadual Beto Mansur esteve no porto para averiguar se os animais estavam mesmo em condições ruins, o deputado que responde por crime de trabalho escravo e trabalho infantil integra a chamada bancada ruralista e certamente  afirmou que estava tudo bem com os animais, fato desmentido de forma irrefutável pela veterinária Magda Regina em seu relatório de inspeção.

     Corria entre os ruralistas que eram apenas "meia dúzia de desocupados" confiante disso o Dep Beto Mansur foi até o portão de entrada do porto e foi recebido não por meia dúzia mas por mais de 200 ativistas que o acusaram entre outras coisas de ser "vendido" o objetivo era fazer média mas não imaginava o tamanho do movimento que se formara no portão de embarque. A policia portuária teve que escoltar o deputado até um local seguro uma vez que ele estava lá para defender a Minerva Foods.

Aos poucos mais e mais pessoas foram se juntado à manifestação, e todos questionavam o por que os animais ainda estavam no navio sendo que já haviam 5 mandados de desembarque imediato.

"Não é só um boi, nós somos uma boiada" Gritavam os manifestantes.

Houve uma divisão entre os manifestantes os grupos que participaram mais ativamente das vigílias em frente ao cais onde o NADA estava atracado se mantiveram no porto e outros estavam na região da praia, do outro lado da cidade de Santos.
 
 Originalmente estava marcado uma manifestação que iria percorrer a cidade de Santos mas com a decisão da desembargadora no sábado e a insistência da Minerva Foods em não cumprir a decisão judicial era evidente  que o local da manifestação tinha que ser em frente o porto.



 As 13:50h aproximadamente palavras de ordem puderam ser ouvidas vidas do centro da cidade, a manifestação que ia ocorrer no centro da cidade veio se unir aos ativistas no porto.

 Com cartazes da ong Não Mate e outros cartazes de confecção própria um numero grande de ativistas atravessaram a Praça do Bonde/Museu Pelé em direção ao porto. Alguns policiais que estavam no local se assustaram um pouco com o volume de pessoas que surgiram mas o movimento desde o começo sempre se demonstrou pacífico, mesmo sendo agredidos pela Guarda Portuária no episódio dos caminhões não houve reação por parte dos manifestantes.
 Os números divergem, uns falam em 300 pessoas outro em mais de 500. Mas o fato é que os pecuaristas jamais imaginariam que a causa animal pudesse ser tão grande e unida.
 Um vereador da Praia Grande conseguiu em tempo recorde um carro de som emprestado, foi possível notar que o volume do som estava mais baixo que de costume, claramente levaram em consideração que os animais estavam já em condições deploráveis o suficiente dentro do navio e que um carro de som só iria aumentar a angustia deles.

     Representantes das Ong´s e Coletivos da causa foram convidados a discursar livremente no microfone. Os discursos basicamente agradeceram a presença e pediram que esta união permaneça para o futuro porque a causa é pelos animais e não por bandeiras.

    O ato foi curto e ao termino a maioria se dispersou, alguns poucos ainda iriam se manter em vigília até o desembarque dos animais.

   Durante as conversas e entrevistas muitas informações foram compartilhada, existe uma suspeita que a Minerva Food´s não esteja vendendo animais mas apenas transportando da fazenda no Brasil para o abatedouro na Turquia, uma vez que a população turca não é tão grande a ponto de consumir 27 mil bois por mês e que a BRF (Proprietária da Sadia e Perdigão) possui uma filial no país, no site da empresa a informação pode ser confirmada.
 
    O domingo termina com um golpe duro nos ativistas, enquanto muitos estavam esperançosos os empresários usaram de seu poder econômico pra conseguir liberar o navio. Uma ordem vinda do ministério da agricultura endossada pelo próprio presidente da republica  obrigou a desembargadora Diva Prestes Marcondes Malerbi a revogar a própria decisão de manter a proibição do embarque. As 19:50h a liminar foi derrubada e a partida do navio NADA ficou agendada para a 00:30h de domingo pra segunda.

   Chega ao fim uma parte da batalha que foi intensa e histórica para o ativismo da causa animal no Brasil, desavenças foram deixadas de lado, bandeiras não foram erguidas exceto a da Causa Animal. Ativistas do Brasil todo acompanharam em tempo real o desenrolar dos fatos. Grupos internacionais voltaram seus olhos para o porto de Santos. A luta ainda vai seguir.

Participaram do ato os Grupos/Ong´s/Coletivo:  Bendita Adoção, Veddas, Direct Action Everywhere, Vox Vegan, Cativa, São Paulo Animal Save, Vegetarianos Independentes da Baixada Santista, Vozes em Luto, Mercy for Animails, Animal Equality, FAU, Instituto Luisa Mel  e ativistas independentes. Também contou com a presença de Youtubers como a equipe do VegFlix, Flavio Giusti do VegetariRango, Ivan di Simoni do Pecado Vegano, Carol Destro do Carol Vida Vegan além do Fabio Chaves fundador e editor do site Vista-se.


Nota do autor:
  Agradecimento pessoal a cada um que de alguma forma contribuiu para este guerra contra o especismo. É só o começo, vamos ser uma bola de neve montanha abaixo, crescendo e atropelando quem estiver no caminho da libertação animal.

Ps. Qualquer informação errada ou ausente encontrada nessa postagem, por favor indique nos comentários para correção. Todas as fotos são de autoria de Lucan Reis e podem ser usada para produção de matérias ou materiais em prol do Ativismo Vegano sem custo algum, basta citar a fonte.







União ativista contra o embarque de bois vivos no porto de Santos - parte 1

     A continuação do caso do embarque de bois em navios no porto de Santos - SP. Desde o dia 20 de janeiro ativistas de todo o Brasil se mobilizam em torno da questão, quem não pode estar presente ajuda replicando informações nas redes sociais.



     No dia 31 de janeiro o navio Nada deveria partir do porto de Santos levando para a Turquia 25 mil bezerros. Mas ativistas estavam a postos e decididos a não permitir que o embarque acontecesse.   Com a certeza de que os animais estavam sofrendo maus tratos algumas ONG´s tentaram na justiça barrar a atividade, mas os juízes alegavam que não haviam provas dos maus tratos.

 No dia 26/01 a ONG Veddas organiza uma ação que visava barrar a entrada dos caminhões no porto por tempo suficiente para filmar e fotografar as condições de maus tratos e assim conseguir uma liminar parando o embarque.

    O resultado desta ação foram imagens de animais feridos, exaustos, sujos e alguns mortos. Foi o bastante para o desembargador Luis Fernando Nishi emitir uma liminar determinando a proibição do navio zarpar e o desembarque imediato dos animais, decisão esta que não foi cumprida pela empresa  Minerva Foods, responsável pelo embarque.

      Na sexta feira dia 02/02 começa a circular nas redes sociais a suspeita que o navio tentaria partir no sábado de manhã mesmo com 4 liminares proibindo. Imediatamente os ativistas começam a se organizar para ir até o porto.
Por vota da 1h os primeiros ativistas de São Paulo chegaram ao porto em Santos, alguns ativistas já estavam no local, a noite seguiu tranquila. O local onde o navio está atracado tem um trafego intenso de caminhões que atravessa a madrugada além disso a avenida é cortada por uma linha férrea o que fez os ativistas aturarem buzinas, barulhos diversos dos caminhões e uma ensurdecedora campainha que tem a função de avisar os veículos quando algum trem vai cruzar a pista mas que não parava nunca de soar.


     Ao amanhecer jornalistas da Tv Tribuna apareceram para cobrir o evento, recebidos com desconfiança, por ser afiliada da Rede Globo, muita gente se recusou a dar entrevista.

Mesmo assim os ativistas arriscaram de dar a sua versão dos fatos, mesmo sendo ligada a Rede Globo Tv Tribuna se mostrou imparcial no caso ao contrário do Jornal Nacional que fez o seu papel de manipular a opinião pública contra qualquer causa social.



No dia 1 de fevereiro uma veterinária em cumprimento de ordem judicial federal esteve no navio para averiguar as condições dos animais, em seu relatório final pode se constar que o descaso com o bem estar animal é mais do que evidente (confira o relatório na integra aqui). Este relatório seria crucial para a causa mas o resultado só viria mais tarde.
 Enquanto aguardavam o resultado do relatório o numero de ativistas ia crescendo, a grande maioria vinda de São Paulo, a solidariedade foi grande, pessoas ofereceram suas casa para quem quisesse descansar, comida e água foram compartilhada.

     Por volta das 10h, horário em que supostamente o navio pretendia zarpar a vigília já contava com mais de 50 manifestantes da causa animal.


Manifestantes se reúnem para uma foto com o navio ao fundo


Beatriz Silva da Ong Bendita adoção concede entrevista à Rede Record. Basicamente todos os repórteres buscavam a mesma coisa, "o que está acontecendo?". Apesar de dar voz aos ativistas as matérias não publicam a entrevista na integra, o que realmente é importante deixar claro que a Minerva Foods não estava cumprindo as leis básicas de transporte de carga viva, não estava acatando a determinação judicial e que por muito menos qualquer outra pessoas seria presa. Basicamente a Minerva Foods descumpriu 4 ordens judiciais, desrespeitou leis ambientais e não cumpriu em nada as leis de transporte de animais vivos. Advogados da empresa foram até o plantão jurídico tentar liberar o navio, ativista que não foram pra Santos dirigiram-se para a Av Paulista para fazer pressão, advogados de defesa da causa animal levaram toda documentação criada demonstrando que havia sim maus tratos. Mais apreensão tomava conta dos ativistas, seria a juíza honesta, imparcial?

     No fim do dia mais uma liminar em favor dos animais foi emitida, com base no relatório da veterinária a desembargadora Diva Prestes Marcondes Malerbi determinou a manutenção da proibição da partida do navio bem como o desembarque imediato dos animais, decisão essa descumprida novamente pela 5º vez.

    O clima de vitória inundou as redes sociais mas todos tinham consciência que a luta estava longe do fim. O navio não partiu, mais uma liminar emitida no âmbito federal sustentava que os ativistas estavam certos. O dia chega ao fim, a luta ainda não.



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