segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sangue indigena no MASP



17 de setembro de 2015

      Diante do genocídio da população indígena no Matogrosso do Sul a sociedade se une para demonstrar seu repudio à inércia do governo em defender os indígenas e a imprensa que se posicionou a favor dos Ruralistas.

Enquanto houver sangue Guarani-Kaiowas no Mato Grosso Do Sul haverá sangue em todo Brasil

O ato foi uma intervenção artística teatral que teve como objetivo denunciar o massacre de indígenas no MS e desmarcar os "ídolos" estabelecidos que na verdade eram assassinos.


 No dia 24 de agosto teve um ato organizado por indígenas para reivindicar a demarcação de terras, neste dia eles já previam o massacre que estava por vir.
" Povos indígenas não existem sem território - Demarcação Já" A PEC215/200 visa acabar com toda terra já demarcada e iniciar um novo processo de demarcação, quem decidirá sobre essas terras será o Senado, que é composto em sua maioria por ruralistas.
























     A ideia do ato foi para solidarizar com a luta dos indígenas Guarani Kaiowas e ocorreu em varias cidades simultaneamente em todo Brasil.

















































 O ato organizado pelas sociedade "branca" não contou com a presença de indígenas propriamente dita mas a intenção foi justamente mostrar que a sociedade não está de acordo com o genocídio e nem vai se calar diante de tais crueldades.

  E que não é somente a comunidade indígenas que está disposta a denunciar o massacre.

 Houve encenações isoladas enquanto aguardavam o horário de iniciar a "grande peça". Quase todos os participantes se pintaram como indígenas inclusive com Urucum planta usada pelos indígenas para suas pinturas.

A estátua do Bandeirante Anhanguera que fica em frente ao parque Trianon é um retrato de que a sociedade  foi moldada a cultuar os assassinos como se fossem heróis.


 A imprensa está "auto-amordaçada", nenhum canal de TV, rádio ou jornal está mostrando a realidade e quando tocam no assunto fazem questão de colocar o indígena como vilão invasor.


O fato mais cruel é que a própria Policia Federal está ajudando os mercenários contratados pelos fazendeiros para matar os indígenas, fazendo a escolta, impedindo que ajuda humanitária chegue até os indígenas, ajudando a matar e mantendo as mídias independentes longe da área de conflito.
O ato sincronizado estava marcado para as 18 horas,  enquanto o ato principal não acontecia os manifestantes foram tomando a Av. Paulista toda vez que o semáforo fechava.

 Representação da Igreja Católica, responsável pela destruição da cultura indígena em nome da fé.


















































 Os políticos que deveriam se "a voz do povo" não só são coniventes com o massacre são os responsáveis por ele, já que muitos são donos de terras e tiveram suas campanhas financiadas por ruralistas.














































 Uma bela representação de um politico
















































 A imprensa, com suas mãos sujas de sangue, fazendo de tudo para desviar a atenção das pessoas para assuntos fúteis.


O grande ato começa no canteiro central da Av. Paulista, os Indígenas vão sendo executados pela Policia o cão feroz treinado pelo Estado para servir aos Ruralistas.
 Um a um vão caindo os corpos, cobertos de sangue inocente, enquanto a Mídia vai comentando sobre as recitas maravilhosas que a dona-de-casa pode fazer ou o lindo céu azul na tarde de quinta feira.
 Corpos e mais Corpos se amontoando no canteiro central da avenida.

 O braço armado do Estado fazendo um banho de sangue.

 O ato segue com a pilha de corpos Indígenas, Tupi, Guranis, Kaiowas, Ianomâmis, Caiapós, quantas outras etnias sumiram da face da terra sem sequer ser conhecida, quantos inocentes morreram em nome do "progresso"? Todos as tribos dizimadas desde a chegada dos portugueses no Brasil podem ser representadas nesse ato.


 A sequencia foi uma espécie de Apocalipse Zumbi/indígena do canteiro central da Paulista em direção à estátua do Anhanguera.
 Os corpos indígenas anônimos, mortos, inanimados tomam vida, gritam de desespero, de ódio, querem justiça, querem devolver a violência ao violentador

Dezenas de corpos rastejam em direção ao Bandeirante



 Cadáveres e mais cadáveres indo em direção ao assassino do passado que fez escola e que ainda hoje perpetuam o derramamento de sangue em nome de fazendeiros e políticos.
 Fazendeiros, Estado, Mídia e Policia reverenciam o "Deus Anhanguera" que acumula corpos inocentes aos seus pés.
 O ato é finalizado com todos gritando juntos:


"Enquanto houver sangue Tupi-Kaiowas no Mato Grosso Do Sul haverá sangue em todo Brasil"


 A estátua do Anhanguera - o "Espírito Maligno" ficou toda manchada de "sangue"
 Não houve incidentes, os motoristas que passaram no local não foram atrapalhados pois o ato não fechou a Av. Paulista só ocupou uma faixa de cada lado. O sangue na estátua não estava combinado mas aconteceu naturalmente e deu um toque de realidade á estatua.
    
 Este ato teve o propósito também de reunir materiais de denuncia já que a midia tradicional está do lado dos ruralistas, na pagina do Tenonderã tem um vídeo deste dia, Clique aqui ou veja no link abaixo.

    Os comerciantes próximos a região de conflito no MS estão sendo ameaçados pelos fazendeiros para não negociar com os indígenas que estão passando necessidade. Há uma campanha de arrecadação ocorrendo em varias regiões do Brasil que visa enviar roupas e alimentos básicos aos indígenas, visite a pagina do Tenonderã Ayvu no FB para saber como ajudar.



Para acompanhar de perto as denuncias dos povos indígenas procure no FB as comunidades mantidas por eles. Segue alguns links:


Antena Guarani - Grupo Fechado


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