sábado, 2 de maio de 2015

1º de Maio Antifa (Auto gestão, sem pátria e sem patrão)

  Conforme era esperado, grupos anarquistas foram ás ruas mostrar o verdadeiro significado do 1º de Maio.


1º de Maio Antifa (Auto gestão, sem pátria e sem patrão)


    A concentração foi em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, marcado para as 10:00h. Neste mesmo horário a CUT - Sindicato filiado ao PT - fazia uma grande festa no Vale do Anhangabaú, logo ao lado.
   Durante os dias que antecederam o ato, houve algumas divergências entre coletivos e por fim a Frente Antifa acabou por conduzir sozinha este ato.
    A pauta do ato foi focada no esclarecimento dos riscos da PL 4330/2004 e o Massacre dos Professores pela Polícia Militar de Curitiba, fato ocorrido na semana do feriado.
   A classe trabalhadora iludida com a grande festa promovida pelos sindicatos, não se uniu ao ato. Preferiram curtir a festa sem saber ao certo o que significa o 1º de maio, sem saber dos Martires de Chicago.

O objetivo dos sindicato é exatamente este manter o povo iludido pensando que os sindicatos estão aí para defende-los dos patrões, mas a realidade é que o Sindicato recebe dinheiro do Governo, e o governo recebe dinheiro (em época de eleição) dos empresários.



     O ato foi feito praticamente por Anarcopunks e Skinheads, com a presença de algumas "pessoas em situação de rua" termo criado para estatísiticamente acabar com problema dos moradores de rua sem resolver o problema deles de fato.

    De tempos em tempos um grupo de pessoas com camisetas da CUT passavam, via-se claramente que tinham sido pagos para "engrossar" a massa de trabalhadores.


   O trabalho de base, esclarecendo os passantes a respeito do ato. Distribuição de panfletos. Confira no final da pagina o panfleto distribuído.
 Simbologias discretas que indicam os ideais de cada individuo.



 Como o Teatro Municipal fica ao lado do Vale do Anhangabaú, sempre passavam grupos de pessoas indo para o comício da CUT. Bandeiras de todos os partidos de esquerda apareceram, centenas de pessoas iludidas com a festa que desvia os olhos do trabalhador para a luta que deveria ser do sindicatos mas que na verdade estão aí somente para garantir o lucro das grandes corporações.



   Ritual de levantar o moicano.

     O ato inicio-se com a leitura de um texto escrito de forma improvisada, remontando a história do trabalho no Brasil desde o tempo colonial. 
    Neste texto fica algumas observações: 
1 - Os negros só foram liberto por causa da revolução industrial, e que os escravagista perceberam que o custo de se manter um escravo era alto demais;
2 - Os italianos trazidos para compor a nova força de trabalho nas lavouras de Café e Cana-de-açúcar, foram por motivos de racismo pois os Senhores não queriam pagar salário "a um negro";
3 - Após as conquistas trabalhistas na greve de 1917 - vidas pelas mãos dos anarquistas - quase todos os direitos foram rapidamente tirados de forma discreta pelos governos que se sucederam;
4 - O Projeto de Lei 4330/04 nada mais é que o arremate final desses cortes que vem ocorrendo ao longo do século passado. O fim de todos os direitos trabalhistas.

Foi discutido também a questão da greve dos professores e citado que a educação não deve ser uma pauta dos profissionais da educação e sim uma causa social, pois a educação é o que constrói uma sociedade de valor. Todos deveria estar lutando por ela.

Durante o debate ocorreu um fato no mínimo curioso: Funcionários da prefeitura resolveram lavar a frente do Teatro Municipal e o grupo se viu obrigado a sair do local.

   Como o intuito era demonstrar solidariedade à classe trabalhadora e que não havia necessidade nenhuma de ficar especificamente nas escadas do Teatro Municipal, o grupos foi para o outro lado da rua, deixando os funcionários fazerem seu trabalho.


No prosseguimento do debate, foi abordado as manifestações dos professores que estavam marcada para as 14h na Praça da Sé então ficou decidido que o ato iria somar forças com eles.

Faixa do protesto: 1º de Maio é dia de luta de classes.




Durante o trajeto algumas viatura da Força Tática acabaram por cruzar o caminho do protesto e resolveram questionar o que estava acontecendo, como viram que não era um volume grande de pessoas deixaram passar sem maiores problemas, apenas a tensão obvia que esse encontro gera.

Em frente a Câmara dos Vereadores o grupo decide fazer uma pausa.





Rua Dona Maria Paula

 Marcha chegando à Praça da Sé.


 Fanfarra do Mal, um grupo de músicos que tem ajudado a dar ritmo aos protestos. O ato marcado para as 14h em apoio aos professores massacrados em Curitiba acabou não acontecendo, ou quase. Com a união do ato da Frente Antifa e a Fanfarra do Mal mais alguns membros de outros coletivo que compareceram, acabaram por eles mesmo fazendo o ato em apoio aos professores.
 Novamente a faixa é estendida e o protesto segue pelo centro de São Paulo.
No caminho mais gente contratada pela CUT.





Punk e Skinheads fazendo a frente.

Protesto passando pela Rua Direita. 

 Ato vai chegando ao seu destino final. Atravessando o Viaduto do Chá
 Ao fundo pode se notar os balões da CUT e outras frentes sindicais. 
 O ato chega de volta ao Teatro Municipal onde termina.



Panfleto da Frente Antifa







      Este foi um ato pequeno, houve centenas de confirmações no evento do Facebook mas como é de costume a maioria não comparece. O trabalho iniciado neste dia irá se estender por tempo indeterminado até que as pessoas comuns acordem para a realidade. De que somente uma mobilização massiva da classe trabalhadora sem interferências de órgãos ligado aos partidos políticos irá garantir os direitos do proletariado, até lá leis que lesam os trabalhadores continuarão a ser aprovada sem nenhuma oposição.

Qualquer dúvida, erros de digitação ou discordância do texto, por favor me avise nos comentários ou email.
zero.certeza@gmail.com

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