quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Operação Mais Pão Menos Opressão - Natal

Pelo segundo ano consecutivo, pessoas ligadas a ideia Anonymous se reúnem para levar um pouco de solidariedade aos moradores de rua (ou "pessoas em situação de rua", como preferir).


São Paulo 05/12/2015


OPMPMO - Operação Mais Pão Menos Opressão - Natal


A ação contou com poucos participantes, mas doações suficiente.
Sapatos, roupas, lanches e sucos são distribuídos aos moradores de rua. Este evento já acontece há mais de 5 anos em São Paulo, normalmente a cada  2 meses mas houve algumas divergências com os membro originais e muitos acabaram abandonando o projeto. Primeiro o Ego e depois a Solidariedade.

A edição de Natal é mais recente normalmente é feita com parceria de adeptos da tática Black Bloc e é carinhosamente chamada de Operação Velho Batuta uma alusão a musica do Garotos Podres - Papai noel Velho Batuta. No ano de 2015 o projeto foi conduzido sem participação tanto dos Anonymous¹ quanto dos Black Bloc¹.

O evento ocorreu sem nenhum incidente e sem a presença da policia ².





     A foto acima foi tirada já no fim do evento, momento que muita gente já tinha ido embora e as doações estavam no fim. 

     Uma constatação triste deste dia, fato nunca visto nas edições anteriores, foi a presença de muitas crianças de colo, pode se perceber que o numero de famílias que tiveram que abandonar suas casa e ir viver na rua aumentou.


     Mais uma vez uma "botinada" na cara da imprensa sensacionalista, Punks e Skinheads fazendo parte do evento, demonstrado o principio da horizontalidade, do respeito e principalmente mostrando que o Estado é inútil, ineficiente e só beneficia grandes empresários negligenciando a classe pobre da sociedade.


Ao final do evento outros dois grupos ligados a igrejas já se preparavam par distribuir alimentos a população de rua, por um lado isso é bom por outro percebe-se que no sábado há bastante assistência a eles mas no domingo normalmente eles passam sem nenhum alimento. Muitos deles guardam os lanches distribuídos para ter o que comer à noite e no dia seguinte.


   Este foi só mais um pequeno exemplo de que é possível se fazer com pouco, basta força de vontade e união. Este evento contou com apoio de varias entidades religiosas,  Centros Espíritas, Umbandistas, Igrejas evangélicas, Católicas também contou com ajuda de Ateus . Se você quiser participar entre em contato com o grupo através do facebook:





( 1 ) Não existe um grupo definido que possua o rotulo Anonymous e nem Black Bloc -estes dois nomes são citados devido à adoção da ideia pregada por ambos.
(2) Em edições anteriores da OPMPMO houve até a presença da Tropa de Choque e Força Tática - com medo de que fosse um protesto.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Jornada pelo fim dos matadouros

São Paulo 26/09/2015


FAU - Frente Animalista Unida faz ato em apoio ao 269 Life

O movimento 269 life começou em Israel, quando três ativistas visitaram uma fazenda de laticínios e viram um bezerrinho com a marcação de número 269 presa em sua orelha.
O bezerro foi abatido com apenas 6 meses de vida.
Ele se tornou o ícone de um grande movimento mundial anti abate de animais iniciado em  2 de outubro de 2012, quando diversos ativistas dos direitos dos animais realizaram um ato de solidariedade e empatia para com os animais torturados e explorados pela raça humana.

 O dia 26 de setembro foi o escolhido para denuncias as atrocidades que ocorrem por trás dos muros dos abatedouros justamente pela união data: dia 26 + mês 9.
Concentração na escadaria do metrô Liberdade.

 Nesta mesma data em varias partes do mundo ativistas da causa animal também fizeram atos em apoio ao 269 Life. O grupo fez questão de deixar claro que não é representante do 269 no Brasil e que apenas estava se solidarizando com a luta deles.
 O ato aconteceu na tradicional Feira da Liberdade, local já usado outras vezes pela FAU para trabalho de conscientização dos horrores dos abatedouros.

 A unidade do McDonald’s foi, obviamente, alvo do protesto. A ciencia tem provado inúmeras vezes a associação do consumo de carne com o câncer. Comer no "Mc" é uma espécie de ritual de passagem da infância para a adolescência, mas também é a "porta de entrada" para doenças vasculares, obesidade e como citado, o câncer. 

   Não existe "abate humanitário", alerta o protesto e denuncia varias varias torturas cometidas por funcionários dos abatedouros como apagar cigarros na pele do animal.

 Veja a cara de espanto no rosto da garota a esquerda, esta expressão de horror não foi exclusividade dela. A grande arma da indústria da carne é a ignorância, como traduz bem uma frase dita por Paul McCartney num documentário chamado Glass Walls:

...se os abatedouros tivessem paredes de vidro, seriamos todos vegetarianos... (Clique na frase para ver o documentário dublado)


     Quase ninguém sabe o que o corre nos abatedouros e ninguém pensa sobre o fato de a carne ter sido um ser vivo com os humanos ou animais domésticos.

 Houve uma encenação no meio da praça de como seria o clima dentro de um abatedouro, duas voluntarias encenaram uma vaca e um porco nos últimos instantes de suas vidas antes de se "tornar comida".



Durante a "matança" acontece o seguinte dialogo entre um garoto e sua mãe (que estavam de passagem):

G:  - Eles não podem maltratar os animais daquele jeito!

M: - Você está com dó deles mas não abre mão de comer hamburger de vez em quando não é?
G: -  Mas é muita maldade!
M: - Sim filho, é desse jeito que a carne é feita...

 A intenção do ato era justamente causar uma reflexão sobre a indústria da carne, mostrar ao cidadão o que é e como é obtida a carne.


" Açougueiro prepara-se para retalhar as partes para ser servido"


 Folhetos e DVD com informações e documentários são distribuídos enquanto ocorre a encenação.


 A cena chocante vai caminhado para seu fim, muito "sangue e gritos de desespero" enchem a Praça da Liberdade, pessoas que param para ver estão em silencio.
O ato finaliza com alguns discursos, não houve neunhum tipo de incidente e o apoio foi além do esperado. Com o passar do tempo muita gente tem percebido que o Veganismo não é só uma modinha ou frescura, as empresas de carne tem gasto verdadeira fortunas com propagandas usando atores famosos para promover seus produtos sinal de que o Veganismo está crescendo, a Europa registra crescimentos espantosos, 800% em 3 anos na Alemanha  e 100% na França por exemplo.
 Redes Fast Food como Subway e Burguer King já incluíram lanches vegetarianos no menu.

O Veganismo é uma tendência sempre crescente, o sucesso do ato pode ser comemorado, todos que assistiram ao ato ficaram pensativos, com nojo, vergonha. Que estes sentimentos sejam o inicio de uma mudança nos respectivos pratos, este é o sentimento que . Ficou mais do que claro que eliminar a carne da alimentação não prejudica em nada a saúde, basta querer.




Site do 269 Life - http://www.269life.com/
Pagina da FAU no Facebook - https://www.facebook.com/Frente.Animalista.Unida


Fontes usadas neste post:

http://www.culturaveg.com.br/veja-como-foi-o-protesto-pelo-fim-dos-matadouros-em-sao-paulo/
http://vegamet.blogspot.com.br/2013/01/movimento-269-life.html

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sangue indigena no MASP



17 de setembro de 2015

      Diante do genocídio da população indígena no Matogrosso do Sul a sociedade se une para demonstrar seu repudio à inércia do governo em defender os indígenas e a imprensa que se posicionou a favor dos Ruralistas.

Enquanto houver sangue Guarani-Kaiowas no Mato Grosso Do Sul haverá sangue em todo Brasil

O ato foi uma intervenção artística teatral que teve como objetivo denunciar o massacre de indígenas no MS e desmarcar os "ídolos" estabelecidos que na verdade eram assassinos.


 No dia 24 de agosto teve um ato organizado por indígenas para reivindicar a demarcação de terras, neste dia eles já previam o massacre que estava por vir.
" Povos indígenas não existem sem território - Demarcação Já" A PEC215/200 visa acabar com toda terra já demarcada e iniciar um novo processo de demarcação, quem decidirá sobre essas terras será o Senado, que é composto em sua maioria por ruralistas.
























     A ideia do ato foi para solidarizar com a luta dos indígenas Guarani Kaiowas e ocorreu em varias cidades simultaneamente em todo Brasil.

















































 O ato organizado pelas sociedade "branca" não contou com a presença de indígenas propriamente dita mas a intenção foi justamente mostrar que a sociedade não está de acordo com o genocídio e nem vai se calar diante de tais crueldades.

  E que não é somente a comunidade indígenas que está disposta a denunciar o massacre.

 Houve encenações isoladas enquanto aguardavam o horário de iniciar a "grande peça". Quase todos os participantes se pintaram como indígenas inclusive com Urucum planta usada pelos indígenas para suas pinturas.

A estátua do Bandeirante Anhanguera que fica em frente ao parque Trianon é um retrato de que a sociedade  foi moldada a cultuar os assassinos como se fossem heróis.


 A imprensa está "auto-amordaçada", nenhum canal de TV, rádio ou jornal está mostrando a realidade e quando tocam no assunto fazem questão de colocar o indígena como vilão invasor.


O fato mais cruel é que a própria Policia Federal está ajudando os mercenários contratados pelos fazendeiros para matar os indígenas, fazendo a escolta, impedindo que ajuda humanitária chegue até os indígenas, ajudando a matar e mantendo as mídias independentes longe da área de conflito.
O ato sincronizado estava marcado para as 18 horas,  enquanto o ato principal não acontecia os manifestantes foram tomando a Av. Paulista toda vez que o semáforo fechava.

 Representação da Igreja Católica, responsável pela destruição da cultura indígena em nome da fé.


















































 Os políticos que deveriam se "a voz do povo" não só são coniventes com o massacre são os responsáveis por ele, já que muitos são donos de terras e tiveram suas campanhas financiadas por ruralistas.














































 Uma bela representação de um politico
















































 A imprensa, com suas mãos sujas de sangue, fazendo de tudo para desviar a atenção das pessoas para assuntos fúteis.


O grande ato começa no canteiro central da Av. Paulista, os Indígenas vão sendo executados pela Policia o cão feroz treinado pelo Estado para servir aos Ruralistas.
 Um a um vão caindo os corpos, cobertos de sangue inocente, enquanto a Mídia vai comentando sobre as recitas maravilhosas que a dona-de-casa pode fazer ou o lindo céu azul na tarde de quinta feira.
 Corpos e mais Corpos se amontoando no canteiro central da avenida.

 O braço armado do Estado fazendo um banho de sangue.

 O ato segue com a pilha de corpos Indígenas, Tupi, Guranis, Kaiowas, Ianomâmis, Caiapós, quantas outras etnias sumiram da face da terra sem sequer ser conhecida, quantos inocentes morreram em nome do "progresso"? Todos as tribos dizimadas desde a chegada dos portugueses no Brasil podem ser representadas nesse ato.


 A sequencia foi uma espécie de Apocalipse Zumbi/indígena do canteiro central da Paulista em direção à estátua do Anhanguera.
 Os corpos indígenas anônimos, mortos, inanimados tomam vida, gritam de desespero, de ódio, querem justiça, querem devolver a violência ao violentador

Dezenas de corpos rastejam em direção ao Bandeirante



 Cadáveres e mais cadáveres indo em direção ao assassino do passado que fez escola e que ainda hoje perpetuam o derramamento de sangue em nome de fazendeiros e políticos.
 Fazendeiros, Estado, Mídia e Policia reverenciam o "Deus Anhanguera" que acumula corpos inocentes aos seus pés.
 O ato é finalizado com todos gritando juntos:


"Enquanto houver sangue Tupi-Kaiowas no Mato Grosso Do Sul haverá sangue em todo Brasil"


 A estátua do Anhanguera - o "Espírito Maligno" ficou toda manchada de "sangue"
 Não houve incidentes, os motoristas que passaram no local não foram atrapalhados pois o ato não fechou a Av. Paulista só ocupou uma faixa de cada lado. O sangue na estátua não estava combinado mas aconteceu naturalmente e deu um toque de realidade á estatua.
    
 Este ato teve o propósito também de reunir materiais de denuncia já que a midia tradicional está do lado dos ruralistas, na pagina do Tenonderã tem um vídeo deste dia, Clique aqui ou veja no link abaixo.

    Os comerciantes próximos a região de conflito no MS estão sendo ameaçados pelos fazendeiros para não negociar com os indígenas que estão passando necessidade. Há uma campanha de arrecadação ocorrendo em varias regiões do Brasil que visa enviar roupas e alimentos básicos aos indígenas, visite a pagina do Tenonderã Ayvu no FB para saber como ajudar.



Para acompanhar de perto as denuncias dos povos indígenas procure no FB as comunidades mantidas por eles. Segue alguns links:


Antena Guarani - Grupo Fechado


Compartilhem a vontade essa postagem, ajude a publicar os materiais relacionados, as fotos podem ser usadas livremente desde que não seja para fins comerciais.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quem matou os 19?

Um mês após a chacina de Osasco, nenhuma resposta foi dada à população.

A população quer saber quem são os assassinos de Osasco

 São Paulo 13 de setembro de 2015

 No dia 13 de agosto homens encapuzados fizeram ataque em três pontos diferentes da cidade de Osasco e Barueri, 18 pessoas morreram na hora e 7 feridos dentre esses uma adolescente de 15 anos que morreu no hospital dias depois.
 A policia investiga mas não tem respostas, até então somente um suspeito foi preso, um policial.

   Há fortes indícios de que policiais Civil e Militar estejam envolvidos, já que as armas usadas na chacina são de uso exclusivo das policias e que dias antes um policial militar e um civil foram mortos por criminosos que os reconheceram.


 O protesto foi duramente criticado por ativistas de sofá, na chamada do protesto organizado no Facebook, os organizadores deixaram claro que seria um protesto pacífico, não tomaria as ruas e nem revidaria à provocações. Estas "regras" motivaram críticas por muitos achavam que não é hora para pacifismo.
 A estratégia deu certo, vários canais de TV apareceram par cobrir o protesto.
 O protesto não contou com a presença de muita gente, no evento criado no FB constava mil participantes mas efetivamente havia em torno de 70 pessoas (numero não oficial).

 Cruzes foram colocadas na calçada com o nome de casa vítima.

 Cada participante carregava uma vela, vestia preto e não emitiu uma única palavra.
 O objetivo do "silencio" era demonstrar a indignação com a falta de resposta da Secretaria de Segurança Pública que parece não estar se esforçando muito para achar os assassinos já que dos 25 suspeitos 24 são policiais. Então há uma "lei do Silencio" em torno do caso enquanto parentes e testemunhas são intimidadas para dificultar as investigações.

O ato foi marcado para as 16 horas, num domingo frio e chuvoso nem todos tiveram verdadeira coragem para comparecer. Somente os organizadores falaram com a imprensa. 


Não houve nenhum incidente no protesto, alguns trabalhadores da USP estiveram no ato em apoio ás vitimas de Osasco/Barueri e distribuíram um folheto de repudio à presença da PM para fazer a segurança no campus da Universidade.

Confira abaixo o folheto: